Bypass Gástrico e Sleeve

Bypass Gástrico e Sleeve são as técnicas cirúrgicas mais usadas para o tratamento da obesidade. Falaremos um pouco sobre cada uma delas.

Bypass Gástrico

O Bypass Gástrico em “Y de Roux” é um procedimento cirúrgico para perda de peso que envolve a criação de um pequeno reservatório com o estômago. E também é realizado o desvio de parte do intestino para esse reservatório. Então, boa parte do estômago e intestino delgado não participa da digestão e absorção dos alimentos, além de reduzir quantidade de alimento que se consegue ingerir.

Além disso, a modificação da cirurgia estimula hormônios intestinais, os quais melhoram a saciedade e o funcionamento do pâncreas.

Isso leva a redução do peso entre 30% a 40% do total, com melhora significativa de doenças associadas, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia. E essa melhora se mantém no longo prazo, fazendo com que o bypass gástrico seja um tratamento eficaz para a obesidade severa.

O termo “Y de Roux” é o nome da técnica de desvio intestinal, usada em diversos tipos de cirurgias do aparelho digestivo.

Quais as indicações para o Bypass Gástrico?

As indicações são baseadas na fórmula IMC (Índice de Massa Corpórea).

Saiba mais sobre o IMC

Pacientes com IMC acima de 40 e portadores de diabetes tipo 2, além da presença de doença do refluxo gastroesofágico, tem maior preferência na literatura pelo bypass gástrico. Outra técnica que vem ganhando cada vez mais aceitação é o Sleeve (gastrectomia vertical), porém, no perfil de pacientes com IMC muito alto, diabetes tipo 2 e refluxo gastroesofágico, sua indicação é controversa.

Complicações do Bypass Gástrico

Como todo procedimento cirúrgico de grande, a cirurgia bariátrica tem chances de complicações. No consultório, orientamos o paciente quanto às complicações, incluindo a necessidade de nova cirurgia, de urgência, se acontecerem. A mortalidade estimada é de cerca de 0,5%.

— Fístulas: vazamento dos locais grampeados, com contaminação do abdome. Ocorre em 0,4% a 5,2% dos casos.

— Hemorragia: sangramento nos locais grampeados. Ocorre em 1% a 4% dos casos.

— Obstrução precoce: edema ou coágulos obstruindo a passagem no reservatório gástrico e intestino.

— Hérnia interna: complicação tardia, devido a “folga” nos pontos de fixação do intestino, que então pode torcer. Ocorre em até 7% dos casos.

— Estenose: estreitamento da anastomose (junção) entre o estômago e o intestino. Ocorre em até 5% dos casos.

— Deficiências nutricionais: a cirurgia bariátrica também faz emagrecer reduzindo a absorção de alimentos, e vitaminas e sais minerais estão incluídos. Suplementação contínua e acompanhamento com Nutricionista são fundamentais para não ocorrerem deficiências.

— Síndrome de “dumping”: o alimento pouco digerido chega muito rápido ao intestino após o bypass gástrico. E principalmente alimentos ricos em açúcar pode levar a uma reação de náuseas, vômitos, cólicas, sudorese (suar muito), fraqueza, taquicardia (coração acelerado), após a refeição.

Sleeve

A técnica de cirurgia bariátrica “Sleeve” (ou gastrectomia vertical) é um dos procedimentos para perda de peso mais populares hoje em dia. É realizada retirando-se a maior parte do estômago, deixando apenas um tubo estreito, que diminui a quantidade de alimento que se consegue ingerir.

Além disso, também estimula hormônios intestinais, que aumentam a saciedade e o funcionamento do pâncreas. Apesar de em menor escala que no Bypass Gástrico, tem papel no controle da glicemia.

O termo “sleeve” vem da palavra inglesa para manga de camisa, sendo o formato ao qual o estômago se assemelha após a cirurgia. Mas no Brasil se manteve o nome sem tradução, apesar de que o termo “gastrectomia em manga” também está correto.

Indicações do Sleeve

São as mesmas do bypass gástrico, e a literatura mostra resultados semelhantes das 2 técnicas. Porém, pacientes com IMC muito elevado, portadores de diabetes tipo 2, e principalmente pacientes com doença do refluxo, tendem a ser orientados a realizar o bypass.

Complicações do Sleeve

Como também é uma cirurgia de grande porte, existem complicações, apesar de baixas. As taxas de mortalidade são de até 1%. No consultório, o paciente é orientado quanto às complicações, incluindo a necessidade de nova cirurgia, de urgência, para seu tratamento.

— Hemorragia: ocorre entre 1% a 6% dos casos, nas áreas grampeadas

— Fístulas: ocorrem entre 2% a 3% dos casos.

— Refluxo gastroesofágico: casos severos de refluxo são uma contraindicação para o Sleeve, por ter um potencial de causar o piorar os sintomas.

— Deficiências nutricionais: apesar de menos frequente que no Bypass Gástrico, a suplementação diária e o acompanhamento com o Nutricionista são fundamentais para evitar deficiências.

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