Há muito tempo não definimos a obesidade apenas como “comer demais” e “falta de autocontrole” com a comida. Atualmente consideramos como uma doença crônica e progressiva, causada por diversos fatores.
Além disso, é uma doença muito prejudicial quando analisamos os custos econômicos, de saúde individual e populacional, como resultado causando efeitos na longevidade e no bem-estar psicológico. Por sua natureza progressiva (piorar com o tempo), a obesidade precisa de tratamento a longo prazo para seu controle.
COMO MEDIR A OBESIDADE?
A doença obesidade é o excesso de gordura corporal. É medida de diversas maneiras, porém algumas delas não são facilmente acessíveis para o paciente ou para o profissional médico que o avalia, usamos uma estimativa baseada no peso e altura corporais.
ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC)
O IMC é uma medida de gordura corporal que usa uma fórmula utilizando o peso em quilos dividido pela altura em metros ao quadrado (IMC = kg/m²). Seus resultados definindo o grau de obesidade coincidem com o risco de mortalidade no longo prazo. Ao mesmo tempo, seu resultado indica o tipo de tratamento, clínico ou cirúrgico.
— Normal = 18,9 a 24,9;
— Sobrepeso = 25 a 29,9;
Os níveis em que é o IMC diagnostica obesidade:
— Leve-grau I = 30 a 34,9;
— Moderada–grau II = 35 a 39,9;
— Severa–grau III = 40 em diante;
— Super obesidade = acima de 50. Provavelmente o termo será mudado para obesidade grau IV (IMC acima de 50) e grau V (IMC acima de 60).
Existem algumas falhas na fórmula do IMC: gestantes, atletas e fisiculturistas, e idosos. Ainda mais, não diferencia gordura abdominal de periférica, influenciando no cálculo de risco cardiovascular. Contudo, é mundialmente utilizada como referência pelos serviços de saúde, para padronização dos tipos de tratamento para obesidade.
Fonte: asmbs.org
TAXAS DE OBESIDADE
Estima-se que 65% da população mundial vive em países onde o excesso de peso mata mais que a desnutrição. Ao mesmo tempo, cerca de 700 milhões de adultos ao redor do mundo são obesos, com cerca de 2 bilhões caracterizados com sobrepeso.
Dados recentes do CDC (“Centers for Disease Control e Prevention”) nos Estados Unidos mostram que mais de 40% da população norte-americana é obesa, com predomínio em indivíduos com menor condição sócio-cultural. Ainda mais, muitos desses tem outras doenças associadas à obesidade, como diabetes e doenças cardíacas. Só para ilustrar, os custos chegam a quase 200 bilhões de dólares/ano para o sistema de saúde.
No Brasil, na última década a taxa de obesos pulou de 11% para 20%, também com relação com baixa escolaridade. E dados das capitais brasileiras mostram 55% de sobrepeso na população.
Falando de obesidade infantil, cerca de 7% dos adolescentes brasileiros são obesos, e 12% das crianças entre 5 e 9 anos apresentam obesidade.
Fontes: asmbs.org / abeso.org.br / cdc.gov
NATUREZA PROGRESSIVA DA DOENÇA OBESIDADE
A obesidade é considerada uma doença multifatorial, com um forte componente genético. Portanto, fatores hormonais, metabólicos, psicológicos, culturais e comportamentais, em um organismo geneticamente predisposto, aumentam o acúmulo de gordura e ganho de peso.
Excesso de calorias
Quando ingerimos mais calorias do que gastamos nas nossas atividades diárias, temos um “balanço energético positivo”, resultando assim em ganho de peso. Porém, algumas situações, além de comer mais do que o necessário, ou ser sedentário, podem estar envolvidas:
— Sono insuficiente;
— Alimentos que, independente da quantidade de calorias, facilitam o acúmulo de gordura–ricos em açúcar refinado, gorduras, e ultraprocessados;
— Pouca ingesta de alimentos saudáveis, como frutas e vegetais;
— Stress crônico;
— Algumas medicações.
Fontes: asmbs.org
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